Minha trajetória rumo à aprovação em concurso público começou após me formar em Engenharia Civil pela UFSC em 2019 e trabalhar no setor de construção por dois anos. Tinha uma rotina de trabalho que me ocupava integralmente…finais de semana, feriados. A ideia de estudar passava a mente, mas o pontapé foi que com o fim das obras da empresa em que eu trabalhava, veio a demissão junto. Decidi que aquela era a hora. Recusei algumas propostas de emprego, voltei para a casa dos pais e decidi focar no estudo. Queimei as minhas pontes e não haveria retorno. Era passar ou passar.
No início estudei para concursos para engenharia em pequenas prefeituras. A ideia era só depois estudar para a área fiscal. Quando vi que não seria tão rápido assim conseguir uma aprovação para ambos, decidi focar totalmente na área fiscal. Foi uma grande mudança, já que nunca tinha estudado nada na vida de boa parte das matérias. Decidi focar em concursos públicos na área fiscal, atraído pelas oportunidades de salário, estabilidade e planos de carreira oferecidos.
Considero que a maior dificuldade desse período de um pouco mais de 2 anos de estudo não foi nem o estudo em si. Claro que pegamos às vezes disciplinas que nos tiram o sono (Contabilidade que o diga), mas nada como o tempo e o esforço diário para ir superando os desafios. Considero que a grande dificuldade foi enfrentar a ansiedade, querer ter resultados rápidos. Nesta jornada, o tempo é fator crucial.
Antes da SEFAZ AC, minha experiência com provas fiscais era limitada; havia participado do pós-edital para o cargo de Analista da Receita Federal, onde fui aprovado para o cadastro reserva, e fiz outros concursos apenas para teste. Desde março de 2023, quando comecei a preparação com a Guruja, minha atenção se voltou para os fiscos estaduais, visando um planejamento de longo prazo.
Com a publicação do edital em dezembro de 2023 e um período de três meses até a prova, enfrentei dificuldades significativas, principalmente com Informática, AFO e a adaptação ao estilo detalhista da banca CEBRASPE. Apesar desses desafios, o planejamento com a Guruja foi extremamente completo e me deu confiança de que nada importante havia sido deixado de fora. A preparação com a Guruja foi fundamental, pois mudou minha abordagem e estratégia, tornando minha preparação muito mais eficaz.
Durante o pós-edital, mantive uma carga horária média de 35 horas semanais, enfrentando cansaço mental e pressão interna. O adiamento inesperado da prova foi um golpe duro, pois além do prejuízo financeiro, prolongou o período de preparação. Um dos erros que cometi foi focar na resolução de um grande número de questões apenas no último mês; ter feito isso mais cedo teria aumentado minha segurança na prova. Sempre procurei seguir as atividades extras recomendadas e fiz centenas de questões da banca para melhor compreender seu padrão de cobrança.
Na semana final, optei por reduzir a carga de estudos, priorizando descanso, alimentação adequada e revisões pontuais, o que ajudou a manter minha mente saudável. No dia da prova, fui a Rio Branco alguns dias antes para me familiarizar com o ambiente. A prova, dividida em duas partes, trouxe surpresas, especialmente com a inclusão de conhecimentos específicos locais que não esperava. Apesar do desânimo inicial, consegui recuperar meu desempenho na segunda parte da prova.
Por fim, gostaria de expressar minha gratidão aos meus pais, que me apoiaram financeiramente e emocionalmente, permitindo que eu me concentrasse totalmente na preparação para os concursos e alcançasse este objetivo. Sem eles, esse resultado não seria possível.